" Problemas não são obstáculos, mas oportunidades ímpares de superação e evolução."



quarta-feira, 16 de março de 2011

A importância das salas de apoio pedagógico como fator contribuinte para a aprendizagem significativa na educação especial

As salas de apoio pedagógico (SAPs) são salas criadas para atender com mais eficácia as necessidades do aluno especial, pois nestas é trabalhado diretamente com o aluno.
Segundo Onofre (2009) “incluir não se restringe apenas na inserção do educando com necessidades especiais no ensino regular, sem acompanhamento específico.”
A  SAPs tornam-se importantes devido  o  aluno portador de necessidades especiais (PNE) necessitar, muitas  vezes  de um atendimento especializado. Esse atendimento é fundamental para que estas crianças consigam acompanhar e participar nas classes regulares. Por ser um atendimento mais direto, faz com que os alunos entendam melhor o conteúdo facilitando o entendimento do mesmo e colaborando para que este passe a participar ativamente das aulas. Essas atividades nas salas de apoio devem ser aplicadas ao inverso do turno em que o aluno estuda, para que não haja o desvio do objetivo principal da inclusão que é a convivência social, a integração.
A escola deverá dispor também de recursos diferenciados que supram as necessidades de cada aluno, possibilitando o acesso e a aprendizagem do alunado especial na escola regular.
Outro fator que implica na aprendizagem do aluno portador de necessidades especiais é o currículo do professor, que deve possuir formação adequada para o trabalho que irá exercer buscando sempre informações e experiências relacionadas a educação especial e inclusiva, tendo  sempre em  mente obter resultados  positivos.  Além da formação o professor deve ter interesse e comprometimento com seus alunos, sejam eles portadores de necessidades especiais ou não. A função do professor será sempre a mesma, ENSINAR.
A aprendizagem do aluno PNE não pode e não deve ficar em segundo plano, caso isso aconteça  não valerá de nada a lei da inclusão, embora esta sirva para que o aluno aprenda a conviver em sociedade, de maneira  nenhuma podemos deixar de lado a aprendizagem do alunado.

           As salas de apoio vieram para contribuir na aprendizagem e evolução do aluno em salas regulares, de modo que este não se sinta inferior aos outros, mas passe a participar ativamente das aulas realizadas em classes regulares.

terça-feira, 15 de março de 2011

A origem da educação inclusiva

         A educação  inclusiva deu-se  inicio nos  Estados Unidos, quando  um  grupo de pais mobilizou-se para exigir que seus  filhos passassem  a participar de escolas regulares, dando a estes  o  direito de  conviver  e participar das mesmas atividades oferecidas as outras  crianças.

          Após este  primeiro  passo, houveram  muitas outras  movimentações, que  seriam  futuramente  fundamentais para o desenvolvimento  da educação  especial na rede regular de ensino. Como exemplo temos: A conferência mundial sobre necessidades  educativas especiais realizada em no ano de 1994 em Barcelona, tendo como pauta o acesso e a qualidade na educação inclusiva;  Movimento mundial pela  inclusão, realizado em 1999 na Tailândia.
               
        A  politica nacional de educação especial inicia  ancorada pela  lei 5692/71  nos coloca ao lado de todos avanços promovidos mundialmente em termos de educação especial. O  Brasil sofreu forte  influência dos  países americanos e europeus, estes serviram de apoio para  a busca da educação inclusiva no Brasil.  Em 1974 com a criação do centro nacional de educação especial do mec foi  modificado o nome educação de excepcionais para  educação especial.

       A evolução da educação inclusiva no Brasil pode ser comprovada através dos dados do Censo Escolar/INEP onde consta  o aumento de crianças portadoras de necessidades especiais  matriculadas  na rede  de ensino regular.

         
         A lei 9394/96 garante o atendimento especializado gratuito a criança PNE.
        A declaração de salamanca, 1994 esclarece dúvidas e expõe experiências  na área da educação especial, orientando aos  professores  interessado e informando  os direitos e deveres tanto do alunado quanto dos pais, escola e  governo, deixando  claro que a  escola tem  a  obrigação de  acolher todas crianças independente de  raça, cor ou nivel  social.

          Apesar de ainda estarmos  num processo de adaptação com relação a  educação  especial e inclusiva, é importante ressaltar que esta  veio  para acrescentar a rede educacional de ensino, e suas  mudanças  trarão grandes benefícios,  uma vez que estas crianças passam a  participar ativamente da sociedade da qual  fazem parte, consequentemente desta  convivência, surgirá a diminuiçãodo preconceito.


         
Legislação que regulamenta a educação especial no Brasil
  • Constituição Federal de 1988 - Educação Especial
  • Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBN
  • Lei nº 9394/96 – LDBN - Educação Especial
  • Lei nº 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - Educação Especial
  • Lei nº 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente
  • Lei nº 8859/94 - Estágio
  • Lei nº 10.098/94 - Acessibilidade
  • Lei nº 10.436/02 - Libras
  • Lei nº 7.853/89 - CORDE - Apoio às pessoas portadoras de deficiência
  • Lei n.º 8.899, de 29 de junho de 1994 - Passe Livre
  • Lei nº 9424 de 24 de dezembro de 1996 - FUNDEF
  • Lei nº 10.845, de 5 de março de 2004 - Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência
  • Lei nº 10.216 de 4 de junho de 2001 - Direitos e proteção às pessoas acometidas de transtorno mental
  • Plano Nacional de Educação - Educação Especial

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Estratégias de ensino

          No decorrer dos anos temos encontrado cada vez mais dificuldades para que nossos alunos  possuam uma aprendizagem significativa e tenham interesse em aprender o conteúdo, independente da matéria. Diante disso, tentamos encontrar e/ou apontar possíveis  responsáveis por tanto desinteresse dos jovens  pelo  estudo. A  culpa seria da família, do aluno, da escola ou dos  educadores?
          Ainda  não temos esta  resposta, porém com relação à escola, esta  tem obrigação de oferecer ao aluno um ambiente agradável e adequado para a realização das atividades aplicadas pelo  professor. E a  este  fica  o dever  de oferecer uma metodologia que  se enquadre no ambiente escolar do qual faz  parte, de maneira  que o aluno  se interesse em aprender.
          Professores reclamam  quanto a falta de recursos, mas existem várias técnicas que  podem ser utilizadas e independem de recursos, por exemplo: a música, charges, produção de textos pelos próprios alunos, debates, canto, enfim. Estas metodologias servem para  que o aluno  tenha maior interesse pela aula, que  deixa de ser uma  obrigação e passa a ser uma diversão, consequentemente isso gerará um maior proveito por parte  do aluno que  passa a  ter uma participação ativa e posteriormente  o que chamamos de aprendizagem  significativa, que é  quando o aluno entende realmente  o conteúdo e não apenas o decora.
          Utilizando o exemplo da música, sabemos que esta faz  parte da vida de crianças, jovens e adultos e pode ser aplicada  para atividades em várias matérias, como português e principalmente em conteúdos de língua estrangeira. Através da  música é possível discutir vários assuntos além de proporcionar debates a respeito das letras  das quais  pode se  aproveitar  para  por em discussão  o  preconceito, cultura, classe social, etc.
          Além disso, esta  atividade servirá  para estimular o senso crítico do aluno, que  passa a expor  e defender suas ideias sem medo de ser podado ou criticado. É fundamental  que todos participem ativamente das aulas, isso  irá  prepará-los para  a vida em sociedade.
          É importante salientar que  o  professor não deve perder o foco, que  é a aprendizagem. As vezes uma aula com métodos tradicionais pode apresentar  mais  evolução  do que uma aula diferenciada, cabe ao professor avaliar os  resultados dando continuidade ou não a metodologia utilizada.
         O que  o aluno precisa nos dias de hoje é de espaço para expor e defender suas ideias, suas próprias opiniões. A  partir do momento que  este percebe que  tem espaço e liberdade para suprir suas dúvidas e expor tudo que  pensa. Utilizando  de ferramentas  das quais estes alunos  têm interesse sua aprendizagem  será  apenas  consequência.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Certificado é conhecimento???

          Vivemos numa sociedade onde certificados e diplomas  são muitas vezes sinônimo de conhecimento,mas será  que  isso  é a realidade?
           Há muitas pessoas que no decorrer do curso apresentam  excelentes notas, porém ao se depararem com a prática,  acabam por não alcançar as expectativas. Isso  prejudica  não  só a empresa que contrata  o profissional  com base  no seu curriculum vitae e que automaticamente lhe  confia  altas expectativas como também ao  contratado  que acaba por sentir-se  frustrado.
          Assim  como o fato  de certificado  não ser motivo de  conhecimento, notas muitas  vezes também  não  são motivo para um bom desempenho no serviço do qual se está  prestando. Isso não significa que   devemos deixar de estudar e buscar  notas boas ou mesmo participar de  cursos, mas   entender que  além do certificado  é  preciso  força de vontade,   interesse, habilidade e entendimento. Tudo isso e muitos outros fatores  irão acrescentar  para  que você se destaque dentro da sua  área.
           Independente da área o  objetivo será sempre  o mesmo: OBTER RESULTADOS POSITIVOS.
           Portanto, antes de escolher um  curso  para  investir, procure  se perguntar se  este  é realmente algo  que você tem interesse. Esta será a  primeira etapa a ser  avaliada, posteriormente  só dependerá de você, aprender e se destacar de maneira que seu trabalho seja  reconhecido e que  possa  conseguir não  só  alcançar as metas  como  superar as  expectativas.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A inclusão inicia em casa

          Criança especial existe???

          Convivendo  com  meus  alunos, cheguei a  conclusão de que eles tem sim uma dificuldade, as vezes  em níveis menores e  outra mais elevados, porém trata-se  de  pessoas  como qualquer outra, das quais devemos impor limites, educar, mostrando a diferença do certo e errado, do bom e do ruim.
          A  criança portadora de necessidades especiais é  muito  inteligente e se ela  perceber  que  esta  sendo tratada de maneira diferenciada, vai querer tomar conta, governar, fazer birra  para conseguir  tudo o que quer. Os  PNE tem sim algumas  dificuldades, mas isso não  significa que não devem ter limites, e estes  limites iniciam em casa, com os  pais e  familiares.
          Tive  sorte com relação a  isso , pois desde o princípio pude contar  com o apoio dos pais  no meu trabalho com PNE. Tinha total liberdade para dar castigo, tirar  brinquedos ou  qualquer coisa que  não deveria ser feita em sala de aula. As  crianças muitas vezes  choravam, ficavam emburradas, mas esta era a maneira  que eles encontravam de tentar conseguir o que queriam, pois  assim as outras pessoas  olhavam  para eles  com pena e acabavam  cedendo e fazendo suas vontades, o que para mim não  é certo.
          A inclusão inicia em casa e posteriormente  vai  para escolas e ambientes dos quais as crianças PNE convivam e assim como qualquer outra criança elas devem saber  que na  hora de estudar é hora de estudar e que o mundo  não é como eles querem, nem as coisas serão feitas conforme suas  vontades. Algumas pessoas  podem achar este um processo muito  rígido, porém eu garanto que os resultados  são  bastante  significativos. Limite é algo que  todos  precisamos em qualquer etapa da vida.
          No trabalho  de inclusão  para que se obtenha resultados  é preciso haver união  e a colaboração de pais, familiares, alunos, profissionais e  professores. A soma de todos estes  fará  com  que  a criança se desenvolva e  saiba  discernir o que é certo do que  é errado, o que  pode  e o que não pode.
          Concluindo,  se os pais  tratarem a criança  com indiferença  como querem que as outras pessoas  os  incluam  e passem a tratá-los  como cidadãos normais. E afinal  o que é ser normal? Alguém sabe? Alguém é normal? Você tem  o conceito para esta  palavra?
          A minha participação na área da educação inclusiva inicou no ano de 2009, quando  tive a oportunidade de trabalhar como auxiliar de turma em uma escola particular.
          No  início as pessoas  me assustaram bastante dizendo que  era complicado, que eu não iria  conseguir, nem gostar e ter paciência para  este  trabalho, porém,  o encarei como um desafio, do qual  posso  dizer orgulhosamente que obtive resultados  surpreendentes.
          Em fevereiro  de 2009 entrei em uma sala de  5° ano e me deparei   com duas crianças  portadoras de  necessidades especiais (PNE), uma menina de 16 anos com síndrome de down (não alfabetizada) e um menino da mesma idade, autista (alfabetizado). Eu  nunca  havia  tido contado com pessoas  PNE anteriormente e minha  área era Letras, mas decidi  continuar e aproveitar a oportunidade.
         Imediatamente iniciei  o estudo  à  respeito, li artigos, reportagens em revistas, internet, livros, etc; porém em nenhum encontrei  as respostas   que precisava, ou mesmo orientações que me  ajudariam neste  trabalho. Isso  me levou a  dar início ao meu próprio estudo com relação aos alunos PNE. Passei a observá-los,  fazer anotações de suas atitudes, falas, desenhos e buscar uma aproximação, o  que   confesso pensei que seria  mais díficil. O apoio e as informações dadas pelos  familiares foi bastante  importante para que eu chegasse as conclusões e conceitos relacionados a estas  crianças.
          Dividi minhas aulas entre atividades que  interessavam os alunos e atividades que  desenvolvessem a aprendizagem significativa  de maneira que estes  não desprezassem o estudo nem perdessem o interesse em  aprender. Tentei fazer uma  mescla entre o que  seria  útil  para mim e agradável para eles e  obtive   um grande desenvolvimento e  participação das  crianças.
          Em um ano de trabalho não  consegui alfabetizar  minha aluna de Down, porém  comparado com o conhecimento que  ela  apresentava  no início do ano  letivo, esta  evolui bastante. Quando iniciei  o trabalho ela não conhecia todas as letras do alfabeto, nem cores, números, enfim.
          Em julho de 2009 minha aluna entrou em férias escrevendo  seu nome e sobrenome. Para quem não tem conhecimento na área ou ao menos uma noção das  dificuldades encontradas na alfabetização destas  crianças pode achar que pequenos  avanços  não são nada, o que não é verdade, porque  qualquer evolução da crianças PNE é  vista  como um grande sucesso.
          Com relação ao  aluno autista, infelizmente este  acabou saindo da escola, pois seus pais não estavam mais  conseguindo disponibilidade para  que ele continuasse a frequentar as aulas, mesmo  assim conseguimos  grandes avanços. O  aluno passou a participar ativamente das aulas fazendo  leituras orais  com os  colegas,  dialogando e também  passou  a ter  menos  crises de  comportamento.
          Em  julho de 2010 eu  me formei em Letras  pela  Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Campus  Uruguaiana e automaticamente meu contrato na escola  foi cancelado. A experiência  que tive me ajudou bastante e passei a  ter  grande interesse na área. Neste estabelecimento educacional onde  fiz o estágio pude ter  contato com crianças  de diferentes dificuldades como: down, autista, cadeirantes, etc; o que  acrescentou bastante em minha vida  profissional e  pessoal. O  contato com estas  crianças faz com que  aprendamos a ver a vida  de outra  maneira, a dar valor a tudo  que temos, as pessoas que nos rodeiam, a qualquer coisa mínima que faça parte de nossas  vidas.
          Embora  tenha  saído  da escola, continuo  trabalhando com minha aluna  down e ela  esta me surpreendendo cada vez mais  com  sua  evolução, já está escrevendo   o  nome da sua mãe e de sua avó, conta até dez, já  sabe  fazer a leitura de algumas sílabas e conhece todas as letras do alfabeto. Para uma criança down com 3% de chances de ser alfabetizada a evolução tem  nos  surpreendido bastante.
          O contato com crianças PNE é  algo gratificante. Trabalho com elas e gosto do que faço, acredito nas suas competências, embora saiba que nem todos os casos são  iguais e muitas vezes  não  conseguimos  encontrar uma solução e menos ainda resultados  positivos.
          Encerrando a minha história inicial  na carreira da educação  inclusiva, gostaria de dizer que  todos  tem capacidade de aprender, por minimo que seja o avanço, é possível. Basta acreditarmos, ter força de vontade, querer ensinar, unir  forças para  posteriormente  obter sucesso na aprendizagem destas  crianças.
          O professor  precisa amar o que  faz, precisa querer alcançar estes  resultados e acima de tudo, precisa ACREDITAR NA SUPERAÇÃO.